O Theatro Municipal de São Paulo recebe de hoje a 27 de outubro duas óperas que serão apresentadas num mesmo programa: “Jupyra” e “Cavalleria Rusticana”. O diretor cênico italiano, Pier Francesco Maestrini, que recentemente transformou o Don Giovanni, de Mozart, num vampiro sanguinolento, promete uma montagem bem mais simples e comportada para as duas obras.
Os espetáculos serão apresentados em uma mesma noite, separados por um intervalo de 20 minutos.
Foi muito feliz a ideia de juntar as óperas ‘Jupyra’, do compositor brasileiro Antônio Francisco Braga, e a tradicional ‘Cavalleria Rusticana’, do italiano Pietro Mascagni”, comenta Maestrini. Embora compostas em tempos e lugares diferentes, as duas obras se completam, seja pelos temas tratados, seja pela musicalidade.
As peças dão continuidade a Temporada de Óperas de 2013. Até dezembro as óperas “O Ouro do Reno”, de Richard Wagner e “La Bohème”, de Giacomo Puccini chegam aos palcos do Municipal.
Em uma pequena cidade do interior, a tragédia e a morte são fruto de relações amorosas escusas, do ódio e da vingança. Na primeira história, o pano de fundo é uma vila no interior de Minas Gerais; na segunda, um povoado da região italiana da Sicília. A jovem índia Jupyra ama Carlito, que só tem olhos para Rosália. Quem ama Jupyra é Quirino, que afirma que fará tudo pela amada.
Na trama italiana, Turiddu tem um caso com Lola, mulher do ciumento Alfio. Santuzza faz de tudo para salvar o amado Turiddu, mas um duelo porá fim ao caso de traição.
A música do brasileiro Francisco Braga é reflexo de sua formação europeia, inclusive como aluno de Massenet; já a escrita de Mascagni é a do puro verismo italiano. Ambos compositores morreram em 1945.
História se passa em um povoado da Sicília.