Frederico Figueiredo, natural de Niterói, cresceu em sua cidade natal, mas teve experiências marcantes fora dela, especialmente no Rio de Janeiro, onde desenvolveu grande parte de sua vida profissional.
Formado em design e desenho industrial, Frederico teve seu primeiro contato com a fotografia durante a faculdade, onde aprendeu a fotografar na época do filme, investindo conhecimento nas técnicas da fotografia, incluindo a revelação de fotos em laboratórios, fornecendo uma base sólida para aplicar seus conhecimentos em publicidade e design.
Durante os anos de faculdade, Frederico encontrou uma oportunidade única: as apresentadoras de um programa de TV que estavam fazendo testes na época não tinham muito dinheiro. A faculdade disponibilizava um laboratório de fotografia, e ele propôs uma troca vantajosa: elas compravam os filmes, e ele usava a máquina e o estúdio da faculdade para produzir material que servia tanto para elas quanto para seu próprio portfólio. Esse arranjo foi o ponto de partida para sua carreira como fotógrafo de retratos, resultando na contratação por uma agência liderada por Sérgio Matos.
Para seu projeto final na faculdade, Frederico criou a identidade visual de seu estúdio, desenvolvendo cartão de visita, capa de CD e site. Ele se uniu a amigos modelos para construir um portfólio robusto, focado em retratos de moda, consolidando sua habilidade e visão artística.
Pouco após se formar, Frederico estava fotografando uma marca de joias quando foi apresentado a uma modelo que morava em Barcelona. Aceitando o convite dela, ele passou quatro meses fotografando na cidade catalã. Retornando ao Brasil e ainda incerto sobre seus próximos passos, foi apresentado a Daniel Mattar, um dos maiores fotógrafos de moda do Rio de Janeiro. Trabalhando como assistente de Daniel por oito anos, Frederico aprimorou suas habilidades práticas em fotografia, participando das principais campanhas publicitárias da cidade.
Embora sua experiência teórica fosse limitada, Frederico buscou conhecimento adicional através de cursos na Sociedade Fluminense de Fotografia e no Ateliê da Imagem. No estúdio de Daniel, ele teve a oportunidade de aprender na prática, contribuindo para importantes campanhas e adquirindo valiosa experiência.
Desde 2005, Frederico se dedicou ao fine art, um método de impressão chamado giclée, que utiliza pigmento puro diluído em água, garantindo maior longevidade para a fotografia. Diferente da fotografia tradicional, que emprega processos químicos com reveladores e fixadores abrasivos, o giclée (um processo de impressão a jato de tinta produzido digitalmente por meio de um computador e uma impressora especializada. Esse processo é também conhecido como impressão Fine Art. Para ser considerada uma impressão Fine Art) preserva a qualidade da impressão por muito mais tempo. Sua primeira experiência com fine art ocorreu no estúdio de Daniel, onde começou a testar impressoras e papéis.
Em 2009, Frederico realizou sua primeira exposição, inspirada no fotógrafo italiano Paolo Roversi e focada no nu artístico. Essa exposição marcou o início de uma série de viagens fotográficas que enriqueceram sua carreira.
Em 2012, uma viagem à África resultou em uma exposição realizada em 2017. Cada viagem foi uma oportunidade única para capturar momentos icônicos, como a fotografia de um leão na savana, que se tornou uma de suas imagens mais especiais. Essa foto, agora esgotada, representou um desafio técnico e emocional, capturada durante uma situação tensa com o leão. Nessa viagem, Frederico contou com a ajuda de amigos, que o auxiliaram na iluminação e no ajuste do equipamento. Essa experiência consolidou sua paixão e dedicação à fotografia.
“Eu viajei com mais dois amigos, Rodrigo Carvalho, correspondente da GloboNews, e outro amigo nosso.
Fomos com a intenção de nos divertir, mas para mim, a viagem era focada na fotografia. Então eu avisei: “Só se vocês não tiverem paciência comigo para eu parar no meio da estrada, porque vi algo interessante para fotografar, é melhor planejarmos outra viagem juntos.” Eles concordaram e realmente me ajudaram, atuando como assistentes. Pediam para segurar a luz, mover o equipamento, etc.
Estávamos na savana para fotografar leões quando um dos meus amigos abriu o rebatedor para iluminar o leão. O leão, que estava calmo, de repente entrou em modo de ataque. Felizmente, estávamos a uma distância segura, perto de um carro, e conseguimos nos afastar rapidamente. O leão rosnava, mas eu consegui manter a calma e capturar o momento. É um animal de quase 300 kg, então a situação foi intensa.
Na hora, perdi algumas fotos devido à adrenalina, mas depois consegui me recompor e capturar as imagens que queria”.
Outras viagens incluíram expedições ao Atacama e à Indochina, cujas fotos ainda não foram expostas, mas estão nos planos futuros. Cada experiência contribuiu para o crescimento de Frederico como fotógrafo, e ele continua em busca de novas oportunidades e desafios para evoluir nessa arte.